Inauguramos o futuro e aproximamos realidades com a nossa Biotec
Nessa sexta-feira (25), inauguramos a primeira fábrica brasileira de medicamentos biossimilares monoclonais a serem produzidos em escala industrial. Por meio de uma parceria de desenvolvimento produtivo (PDP), firmada com o Governo, será possível fazer a transferência dessa tecnologia para o Instituto Butantan, ampliando o acesso da população a tratamentos de última geração para diversos tipos de câncer e doenças autoimunes.
Como disse nosso presidente do Conselho de Administração, Álvaro de Mendonça Athayde, a concretização desse projeto é um grande feito não só para a empresa, mas para todo o País. “Hoje, apresentamos o que há de mais avançado em tecnologia de produção de medicamentos. O rituximabe é apenas o primeiro fármaco de uma série de produtos de alto valor que deveremos entregar aos pacientes e à sociedade médica”, afirma, referindo-se ao medicamento indicado no tratamento de linfomas e leucemias.
Mas, o marco representado pela abertura de nossa nova unidade significa muito mais do que avanço tecnológico. “A produção nacional de medicamentos biológicos tem uma dimensão social ampla, pois permitirá o acesso da população a tratamentos de alta complexidade”, ressalta o presidente do Conselho.
Dando seguimento à cerimônia de inauguração, nosso presidente Executivo, Alcebíades de Mendonça Athayde Junior, falou sobre a trajetória da empresa para tornar a Biotec um sonho real. “Foi difícil convencer os pesquisadores de que seria possível produzir medicamentos biológicos no Brasil. Mas, o maior desafio foi fazer tanta coisa nova acontecer em tão pouco tempo”, relembra. Ele ainda falou sobre a implantação do projeto de contrapartida social, Tempo É Saúde, que otimizou o atendimento de saúde pública no município de Embu das Artes, onde a nova fábrica está instalada.
A cerimônia também contou com a presença do Secretário Adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, Wilson Pollara – como representante do Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin –, o Secretário Municipal da Saúde, Alexandre Padilha, o Prefeito de Embu das Artes, Chico Brito e o Ministro da Saúde, Ricardo Barros. “A transferência de tecnologia é uma empreitada que exige alta capacidade técnica e mão-de-obra especializada – e a Libbs possui tudo isso. Esperamos que essa parceria, além de ampliar o acesso de medicamentos biológicos no Brasil, também incentive a competitividade nesse setor”, ressalta Barros. O Ministro ainda elogiou o projeto Tempo É Saúde e ressaltou a importância da informatização no atendimento das UBS do País. “Se esse projeto está dando certo em Embu das Artes, significa que pode funcionar em todo o Brasil – e vamos lutar por isso”, finaliza.
Na vanguarda da Medicina
A chegada dos biossimilares ao Brasil é um marco para o serviço público de saúde no que diz respeito a tratamentos para câncer e doenças autoimunes. Como comentou Pollara durante a cerimônia de inauguração, essa nova realidade parecia distante para o País há pouco tempo. “Estamos orgulhosos em fazer parte desse projeto. Participar de um passo tão importante quanto esse é o sonho de qualquer médico. Afinal, criar em laboratório anticorpos que o organismo humano não consegue produzir é algo muito complexo”, ressalta ele.
Fabricados por meio de células modificadas geneticamente, os biológicos são moléculas capazes de atacar e combater alvos específicos – no caso dos tumores, as células cancerígenas. Essa tecnologia não só aumentou a taxa de cura de neoplasias, como também elevou a expectativa e a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que o tratamento é menos agressivo quando comparado às terapias tradicionais. Os biossimilares fazem parte da categoria de biológicos, diferindo-se dos fármacos de referência pelo processo produtivo, que podem ter etapas diferentes. Ao final do desenvolvimento, esses medicamentos devem passar por estudos clínicos, a fim de comprovar sua eficácia e segurança.
Com capacidade para fabricar 400 kg de biossimilares por ano, a nossa Biotec irá desenvolver, inicialmente, seis medicamentos, entre eles o rituximabe e o bevacizumabe, ambos em fase mais avançada de pesquisa. Também serão produzidos os fármacos trastuzumabe, palivizumabe, adalimumabe e etanercepte. O nosso pioneirismo na fabricação desses produtos inaugura o mercado brasileiro de biossimilares e coloca o País no mesmo patamar dos Estados Unidos e Europa nesse segmento. “É muito importante incentivar as alianças entre os setores público e privado para beneficiar a saúde pública e colocar o Brasil na crista da onda da Medicina”, enfatizou nosso presidente Executivo durante o evento.
Por meio da PDP firmada com o Governo, existe uma expectativa, segundo o Ministro Ricardo Barros, de reduzir, nos próximos anos, em até 30% os gastos públicos com a aquisição de medicamentos biológicos – categoria esta que, embora represente apenas 5% dos fármacos oferecidos pelo SUS, demanda 42% dos recursos anuais do Ministério da Saúde.
A instalação da Biotec no município de Embu das Artes trouxe mudanças positivas aos moradores. “A estação de energia elétrica projetada para abastecer a nova fábrica, por exemplo, tem fornecido seu excedente à cidade, reduzindo os picos no consumo de energia”, cita Brito.
Outro benefício foi a implantação do projeto de contrapartida social Tempo É Saúde, que reformulou o atendimento público de saúde no município, reduzindo a espera dos pacientes por meio do sistema e-SUS. No total, mais de 500 servidores receberam capacitação, 16 UBS foram reformadas e dois novos postos de triagem foram criados em Unidades de Pronto Atendimento. “Essas medidas levaram mais eficiência às UBS de Embu das Artes. Com essas unidades funcionando melhor, ainda tivemos redução na procura pelos prontos-socorros”, finaliza o Prefeito.
Confira quem esteve na solenidade de inauguração













